quarta-feira, 22 de julho de 2009

CUPIDO

Até então não tinha me ocorrido de por que gostava tanto de Vênus. O mito, o seu significado na astrologia, as referências nas histórias dos outros deuses, a capacidade de permear a vida das pessoas sem fazer parte, mas estando sempre presente. Aquela referência a experiência com Psique, o que isso representa no processo mental e as implicações, até que encontrei a figura de Cupido . Se ele é filho de Afrodite então ele é posterior a ela, mas nesta lenda veremos que Zeus (o cara) quando da criação, percebe algo divino. É o que veremos a seguir.
Também conhecido como Amor era o deus equivalente em Roma o deus grego Éros. Filho de Vênus e de Marte andava sempre com seu arco, pronto para disparar sobre o coração de homens e deuses. Teve um romance muito famoso com a mais bela mortal Psique, a deusa da alma.
Cupido encarnava a paixão e o amor em todas as suas manifestações. Logo que nasceu, Júpiter (pai dos deuses), sabedor das perturbações que iria provocar, tentou obrigar Vênus a se desfazer dele. Para protegê-lo, a mãe o escondeu num bosque (pelo menos desta vez não colocaram a criança em uma cestinha e larga-lo rio abaixo) onde ele se alimentou com leite de animais selvagens.
Cupido era geralmente representado como um menino alado que carregava um arco e flechas. Os ferimentos provocados pelas setas que atirava despertavam amor ou paixão em suas vítimas. Outras vezes representava-o vestido com uma armadura semelhante à que usava Marte, (o deus da guerra), talvez para assim sugerir paralelos irônicos entre a guerra e o romance ou para simbolizar a invencibilidade do amor. Embora fosse algumas vezes apresentado como insensível e descuidado, Cupido era, em geral, tido como benéfico em razão da felicidade que concedia aos casais, mortais ou imortais. No pior dos casos, era considerado malicioso pelas combinações que fazia, situações em que agia orientado por Vênus.Quando as historias de Vênus (Afrodite), Cupido (Eros) e Psique (a mais bela humana) se cruzam e dão errado, desconsolado, Cupido voltou para o Olimpo e suplicou a Zeus que lhe devolvesse a esposa amada. O senhor dos deuses respondeu: "- O deus do amor não pode se unir a uma mortal". Mas Cupido protestou. Será que Zeus que tinha tanto poder não podia tornar Psique imortal? O deus dos deuses sorriu lisonjeado. Além do mais como poderia de deixar de atender a um pedido de Cupido, que lhe trazia lembranças tão boas? O deus do amor o tinha ajudado muitas vezes, e talvez algum dia Zeus precisaria da ajuda de Cupido de novo. Seria mais prudente atender o seu pedido. Zeus mandou Hermes ir buscar Psique e lhe trouxesse para o reino celeste. Então Zeus, o soberano, transformou Psique em imortal. Nada mais se opôs aos amores de Cupido e Psique, nem mesmo Vênus, que ao ver seu filho tão feliz se moveu de compaixão e abençoou o casal. Seu casamento foi celebrado com muito néctar, na presença de todos os deuses. As Musas (jovens encantadas, que eram acompanhantes do deus Apolo) e as Graças (jovens que representavam a beleza que acompanhavam a deusa Vênus) aclamavam a nova deusa em meio a cantos de danças. Assim Cupido viveu sua imortalidade com o ser que mais amou.

* a defesa do termo cara para Zeus, será defendida na proxima postagem.