quinta-feira, 24 de março de 2011

ÁRIES,



Jasão e a aventura da alma dos Arianos





Filho de Éson e Polímede, neto de Éolo, de Alcímedes. Éson havia sido destronado pelo irmão por parte de mãe, Pélias. O oráculo preveniu a Pélias que o filho de Éson o destronaria e que ele deveria tomar cuidado com essa pessoa pois ela estaria usando somente um calçado. Quando Jasão nasceu, seu pai providenciou para que todos ficassem sabendo da falta de saúde do filho e a sucessiva morte. Na verdade Jasão foi mandado com a mãe para o Monte Pélion. Lá Quíron ensinaria ao jovem príncipe as ciências, principalmente a medicina, dando origem ao nome Jasão (derivado de palavra grega que significa curar) em substituição ao nome Palamedes, dado pelo pai.

Passados 20 anos, Jasão procura o oráculo porque pretendia sair do seu refúgio. É orientado para se vestir como os desta região, os magnésios, portando uma pele de leopardo, semelhante à de Quíron, duas lanças e fosse até Iolcos. Em seu caminho, foi retido pelo Rio Anauro, que transbordara. Uma velha (Juno/Hera) que ele encontrou à margem ofereceu-se para transportá-lo nos ombros. O objetivo de Juno/Hera seria de ajudar Jasão a tirar Pélias que havia se negado a prestar as homenagens devidas a ela. Na passagem pelo rio, Jasão perde um dos sapatos.

Chegando a Iolcos, chama a atenção pelos trajes típicos e fisionomia agradável. Apresenta-se como filho de Éson e exige a coroa. Pélias com os súditos insatisfeitos e o interesse que Jasão inspirava, propõe uma expedição gloriosa e cercada de desafios. Que ele havia consultado o oráculo de Apolo e soube que era preciso apaziguar a alma de Frixo, descendente de Éolo, cruelmente massacrado na Cólquida e reconduzi-lo à Grécia. Pélias sentia que a avançada idade lhe impedia. Que oferecia o seu trono a Jasão se cumprisse essa tarefa, pois ele era jovem e buscava a glória. Completa dizendo que ao afastar-se Frixo levou consigo um velo de ouro, o símbolo de riqueza e honrarias.

Jasão aceita o desafio, pois ama a glória e essa é a oportunidade que ele deseja. Sua jornada é anunciada por toda a Grécia e a todos os heróis e príncipes, que se reúnem para tomar parte. Jasão escolhe cinqüenta e dois entre os mais famosos. (alguns entendem que foram 54). Dentre eles Hércules, também porque era parente de Frixo.

Jasão oferece um sacrifício solene ao deus Éolo, autor de sua raça, e todas as divindades que podiam ajudá-lo. Júpiter, através de um trovão, teria marcado o acontecimento como um sinal de seu apoio. A viagem até Lemnos foi longa e perigosa. Permaneceu neste lugar por dois anos, pois estava apaixonado pela rainha Hipsípile. Após isso chegam a Ea, capital da Cólquida. As deusas Juno/Hera e Minerva/Palas Atena favorecem Jasão, tornando a filha do rei apaixonada por ele. Esta é Medéia, filha do rei e conhecedora da arte dos encantamentos prometendo socorrê-lo se este jurar fidelidade. Depois do juramento mútuo diante do templo de Hécate, eles se separam e ela vai preparar o necessário para salvar seu amado.

Para Eetes dar o velo de ouro a Jasão, este precisaria cumprir algumas tarefas. Deveria subjugar dois touros (dragões), presente de Vulcano, de pés e cornos de bronze, que cuspiam turbilhões de fogo, atrelando a eles um arado e lavrar o campo destinado a Marte e ali semear os dentes do dragão dos quais nasceriam homens armados e exterminá-los todos, executar os touros e tudo teria de ser feito em um dia.

Confiante do apoio de Medéia, Jasão cumpre o combinado. Aprisiona os touros ao arado, fende a terra, semeia os dentes do dragão, os guerreiros surgem. Ele atira uma pedra no meio dos combatentes, excita-lhes de tal modo o furor que eles se matam, adormece o monstro com ervas encantadas, mata-o e colhe o velo de ouro.

De posse do velo de ouro, Jasão foge com os seus e leva Medéia. Na fuga eles estrangulam Absirto, irmão de Medéia, enterrando-o por partes em lugares diferentes para retardar o rei Eetes. Medeia tem uma irmã, que se chama Circe. Ela espia o ocorrido e os expulsa. Chegam a corte de Alcino, rei dos feaces, onde celebram o seu casamento. Termina a expedição, o grupo se dispersa e se dirige para Iolcos com a glória de terem triunfado onde naturalmente Jasão teria morrido. Éson, pai de Jasão, estava velho. Medéia o rejuvenesce.

A promessa que Pélias assumiu, não cumpria e se conservava no trono. Medeia encontrou um meio de ajudar Jasão. Diante das filhas de Pélias, matou um velho carneiro, cortou-o em pedaços, atirou-o a uma caldeira, deixando ferver com algumas ervas, retirou e transformou-o em um cordeirinho. Propôs fazer a mesma experiência no rei, mas ela deixa-o na caldeira de água fervente ate que o fogo o tivesse inteiramente consumido, de maneira que suas filhas nem sequer puderam dar-lhe sepultura. As filhas Asterópia e Antenoé refugiaram-se na Arcádia onde terminaram os dias entre lágrimas e lamentações. Esse crime não restituiu a Jasão sua coroa. Acasto, outro filho de Pélias, toma o poder obrigando Jasão a abandonar a Tessalia e a retirar-se para Corinto com Medéia. Nessa cidade, encontraram amigos e uma fortuna tranqüila vivendo ai por 10 anos na mais perfeita união, da qual dois filhos nasceram, até que essa calma foi perturbada pela infidelidade de Jasão. Esse esquece os deveres e juramentos que fizera a esposa, apaixona-se por Glauce, ou Creúsa, filha de Créon, rei de Corinto. Desposou-a e repudiou Medéia. Esta foi implacável com a rival, o rei seu pai e os dois filhos dela com Jasão. Após a retirada de Medéia e a morte do rei de Corinto, seu protetor, Jasão leva uma vida errante, sem estabelecimento fixo. Medéia lhe predissera que, depois de haver vivido para sentir o peso do seu infortúnio, pereceria sob os restos do navio dos argonautas, o que efetivamente aconteceu. Um dia em que repousava a beira-mar, ao abrigo desse navio encalhado, uma viga despregada lhe esmagou a cabeça.