sexta-feira, 15 de abril de 2011

TOURO


Para entender o mito de touro cabe explicar que existe neste, a compilação de algumas histórias para entender as implicações que na análise psicológica virão à tona.

Pontos de convergência que aparecerão ao longo história:

Minos, o rei

Pasifae, a rainha

Venus, a deusa

Netuno, o deus do mar

Um touro (efetivamente)

Uma escultura de vaca

Dédalo, o escultor

O labirinto, a obra


Atenas , a cidade

Medéia, a feiticeira

Teseu, o herói

Um navio, a embarcação

Ariadne, a esposa do herói


Minos, filho de Licasto e neto do primeiro Minos, o juiz dos infernos. Era temido na sua região por dominar as cidades próximas. Tinha dois irmãos a espreita de tirá-lo do reinado. Em virtude disto solicitou que os deuses confirmassem ser ele o preferido. Sai do mar um touro muito branco, sendo portanto considerado o sinal de Netuno.

Pasifae, filha do Sol e de Creta, ou segundo outros, de Perses, casou-se com Minos, e tiveram muitos filhos, entre os quais Deucalião, Androgeu e três filhas: Astréia, Ariadne e Fedra.

Vênus queria se vingar do Sol, que aclarava os seus amores com Marte, então inspirou Parsifae a paixão desordenada pelo touro branco que Netuno fizera sair do mar. Segundo outros mitólogos, essa paixão foi um efeito da vingança de Netuno contra Minos que tinha o costume de lhe sacrificar todos os anos o .....

mais belo touro, no entanto certa vez encontrou um tão bonito que o quis conservar, e resolveu sacrificar outro menor valor.

Netuno irritado, fez com que Pasifae se apaixonasse pelo touro conservado. Dédalo, então a serviço de Minos, fabricou, para favorecer Pasifae, uma vaca de bronze, o que permitiu que ela interagisse fisicamente com o touro. E que era Dédalo?

Dédalo, filho de Himétion, neto de Eumolpo, e bisneto de Erecteu, rei de Atenas, discípulo de Mercúrio, artista incomparável, arquiteto, etc.Tendo matado o seu sobrinho, de quem estava ciumento, foi condenado à morte pelo Areópago. Fugiu de Atenas e se escondeu em Creta, na corte de Minos. Percebam como o cenário se forma.O labirinto foi cercado cheio de madeiras e construções, dispostas de tal maneira que, uma vez lá dentro, ninguém podia encontrar a saída. Dédalo foi a primeira vítima de sua invenção. Minos, irritado por ele haver favorecido os amores de Pasifae com o touro e que gerou o Minotauro, encerrou-o no labirinto com o seu filho Ícaro e o Minotauro. Então Dédalo fabricou asas artificiais que adaptou com cera às suas espáduas e às de seu filho, a quem recomendou que se não aproximasse demasiadamente do sol. Partiram através dos ares, mas Icaro, esquecendo-se das recomendações, elevou-se demais e o sol derreteu a cera das asas, ele caiu e se afogou no Mar Egeu, que tomou o nome de Icaro.

Enquanto isso em Atenas....

Teseu, o décimo rei de Atenas, nasceu em Trezeno, foi educado sob os cuidados de sua mãe Etra, na corte do discreto Piteum seu avô materno. Os poetas designam muitas vezes Teseu pelo nome de Erectide, porque o olhavam com um dos mais ilustres descendentes de Erecteu, ou pelo menos dos seus sucessores. Chamavam-no filho de Netuno. Com efeito Piteu, querendo esconder a aliança que tinha contraído com Egeu, declarou, quando a criança nasceu, que seu pai era Netuno, o grande deus dos trezenianos. Mais tarde, Teseu utilizou-se pelo menos uma vez, deste nascimento.

Conta Pausânias que Teseu, tendo ido a Creta, Minos o ultrajou, dizendo que ele não era, filho de Netuno e para desafiá-lo a dar uma prova, lançaria seu anel no mar. Teseu imediatamente atirou-se também, encontrou o anel, e o trouxe, com uma coroa que Anfitrite lhe tinha posto na cabeça.

Os trezenianos contavam que tendo Hércules vindo ver Piteu, tirou sua pele de leão para sentar-se à mesa. As crianças da cidade convergiram para lá, porém tiveram grande medo da pele do leão, com exceção de Teseu, que tomando um machado das mãos de um escravo, e acreditando ver um leão, atacou-o.

Antes de deixar Trezena, Egeu colocou seu sapato e sua espada debaixo de uma grande pedra, e ordenou a Etra que não enviasse seu filho a Atenas antes que ele tivesse condições para levantar essa pedra. Teseu, tendo apenas completado dezesseis anos, levantou-a e tomou a espécie de depósito que ela cobria, e pelo qual ele se devia fazer reconhecer por filho de Egeu. Voltou à Atenas, mas antes de se fazer conhecer como herdeiro do trono, resolveu tornar-se digno desse título por suas empresas, e imitar a Hércules, objeto da sua admiração. De resto, havia entre eles laços de parentesco: Piteu, pai de Etra, era irmão de Lisídice, mãe de Alcmena.

Começou expurgando Sinis ou Cércion da Ática. Esse era dotado de grande força, obrigando todos a lutar contra ele e matava todos de forma incomum, curvando as maiores árvores prendendo a vitima na parte de cima e soltava-as partindo as vitimas em pedaços.

Após purificar-se no altar de Júpiter, às margens do Céfiso, regressou Atenas para se dar a conhecer. Encontrou a cidade numa estranha confusão. A feiticeira Medéia estava governando sob o nome de Egeu; e, tendo tido conhecimento da chegada de um estrangeiro de quem muito se falava, ela procurou torná-lo suspeito ao rei, e decidiu envenená-lo em um banquete na mesa do rei. Egeu reconhece seu filho pelo copo da espada, e expulsou Medéia.

Enquanto os plântidas, os filhos de Palas, irmão de Egeu, vendo Teseu reconhecido, nao puderam ocultar o seu ressentimento e conspiraram contra Egeu, de quem se julgavam os únicos herdeiros. A conspiração foi descoberta e desfeita pela morte de Palas e de seus filhos, que caíram sob os golpes de Teseu. Esses assassínios, obrigam-no ausentar-se de Atenas por um ano, e, decorrido esse tempo, foi absolvido pelo tribunal dos juízes que se reuniram no templo de Apolo Delfiano.

Mais tarde, Teseu se dedicará a missão de libertar Atenas de Minos.

Androgeu, filho de Minos, tendo ido a Atenas para assistir as Panatenéias, combateu com tanta habilidade e sorte, que obteve todos os prêmios. A mocidade de Mégara e de Atenas, ofendida com esses êxitos, ou talvez os próprios atenienses, inquietos com a aliança de Androgeu com os palântidas, mataram-no. Para vingar esse assassinato, Minos sitiou e se apoderou de Atenas e de Mégara, e impôs aos vencidos as mais duras condições. Os atenienses ficaram obrigados a enviar a Creta, de sete em sete anos, sete rapazes e moças, designados pela sorte, os quais deviam ser servidos ao Minotauro, no famoso labirinto. O tributo já fora pago três vezes, quando Teseu se ofereceu para salvar os concidadãos. Antes de partir, procurou tornar os deuses favoráveis á sua empresa, fazendo-lhes muitos sacrifícios.

Tambem consultou o oráculo de Delfos que lhe prometeu êxito na expedição, se o Amor lhe servisse de guia. Com efeito, Ariadne, filha de Minos apaixonada pelo herói, facilitou-lhe a empresa. Deu-lhe um novelo de linha com cujo auxilio pode ele sair do labirinto onde matou o Minotauro.

Deixando Creta, Teseu trouxe consigo Ariadne, mas abandonou-a na Ilha de Naxo, onde Baco a consolou e a desposou.

De regresso à Atenas, soube da morte de seu pai Egeu, rendeu-lhe as últimas honras e mandou executar a promessa que fizera a Apolo ao partir, isto é, fazer sacrifícios em Delos, todos os anos em ação de graças. Em conseqüência, não deixou nunca de ali mandar, todos os anos, enviados coroados com ramos de oliveira. Para essa missão, ou teoria, era empregado o navio em que embarcara Teseu e, que tratado com muito cuidado, para que sempre pudesse servir, o que fez com que os poetas dissessem ser ele imortal.