sábado, 23 de abril de 2011

TOURO continuação

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Androgeu, filho de Minos, tendo ido a Atenas para assistir as Panatenéias, combateu com tanta habilidade e sorte, que obteve todos os prêmios. A mocidade de Mégara e de Atenas, ofendida com esses êxitos, ou talvez os próprios atenienses, inquietos com a aliança de Androgeu com os palântidas, mataram-no. Para vingar esse assassinato, Minos sitiou e se apoderou de Atenas e de Mégara, e impôs aos vencidos as mais duras condições.


Os atenienses ficaram obrigados a enviar a Creta, de sete em sete anos, sete rapazes e moças, designados pela sorte, os quais deviam ser servidos ao Minotauro, no famoso labirinto. O tributo já fora pago três vezes, quando Teseu se ofereceu para salvar os concidadãos. Antes de partir, procurou tornar os deuses favoráveis á sua empresa, fazendo-lhes muitos sacrifícios. Tambem consultou o oráculo de Delfos que lhe prometeu êxito na expedição, se o Amor lhe servisse de guia. Com efeito, Ariadne, filha de Minos apaixonada pelo herói, facilitou-lhe a empresa. Deu-lhe um novelo de linha com cujo auxilio pode ele sair do labirinto onde matou o Minotauro.

 

Deixando Creta, Teseu trouxe consigo Ariadne, mas abandonou-a na Ilha de Naxo, onde Baco a consolou e a desposou. De regresso à Atenas, soube da morte de seu pai Egeu, rendeu-lhe as últimas honras e mandou executar a promessa que fizera a Apolo ao partir, isto é, fazer sacrifícios em Delos, todos os anos em ação de graças. Em conseqüência, não deixou nunca de ali mandar, todos os anos, enviados coroados com ramos de oliveira. Para essa missão, ou teoria, era empregado o navio em que embarcara Teseu e, que tratado com muito cuidado, para que sempre pudesse servir, o que fez com que os poetas dissessem ser ele imortal.