quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

A Deusa do Fogo Vesta ou Héstia


Deusa do fogo, tinha um culto que na Ásia e na Grécia remontava à mais alta antiguidade. Era venerada em Tróia, muito tempo antes da ruína dessa cidade, e se crê que foi Eneas quem trouxe para a Itália seu culto e seu símbolo: ele a tinha entre os seus deuses penates (família). Os gregos começavam e acabavam todos os seus sacrifícios prestando honras a Vesta e a invocavam em primeiro lugar antes de todos os outros deuses. Em Corinto, existia um templo de Vesta, mas sem nenhuma estátua; via-se apenas no centro desse templo um altar para os sacrificos que se faziam à deusa. Outros altares seus também havia em diversos templos consagrados a outros deuses, como em Delfos, Atenas, Tênedos, Argos, Mileto, Éfeso e outros.
Seu culto consistia principalmente o fogo que lhe era consagrado e cuidar que ele não se apagasse.

Em Roma, Numa Pompílio fez construir para Vesta um templo em forma de globo, imagem do universo. Era no meio desse templo que se alimentava o fogo sagrado com tanto mais vigilância quanto ele era visto como o penhor do império do mundo. Se esse fogo viesse a se extinguir, não se devia reacendê-lo senão pelos raios do sol, por meio de uma espécie de espelho. Mesmo que o fogo não se extinguisse, era renovado todos os anos, no primeiro dia de março.
Em Roma, como na Grécia, Vesta , a virgem, não tinha outra imagem ou símbolo alem do fogo sagrado. Uma das maneiras de representá-la era com vestes de matrona, com estola, segurando na mão um facho ou uma lâmpada, ou uma pátera (taça metálica), vaso de duas asas, chamado capendúcula, algumas vezes também um paládio (estatua de Palas) ou uma pequena Vitoria (carruagem de quatro rodas e dois lugares) . Às vezes , em lugar da pátera (taça metálica), ela segura uma haste, flecha sem ferro, ou uma cornucópia (vaso em forma de corno que se representa cheio de frutas e flores). Nas medalhas e monumentos, os títulos que se lhe dão , são Vesta, a santa, a eterna, a feliz, a antiga, Vesta a mãe e outros.

Entre os romanos, o fogo sagrado de Vesta era guardado e alimentado por jovens virgens, as vestais. Essas donzelas eram escolhidas entre as maiores famílias de Roma, na idade de seis a dez anos. Ficavam ao serviço da deusa durante um período de vinte a trinta anos. Nos primeiros dez anos se dedicava a aprender, depois servir e por ultimo o sacerdócionos ultimos dez anos. Voltavam, depois, ao seio da sociedade romana, com permissão de contrair matrimônio. Mas, durante o sacerdócio, as vestais que deixassem o fogo apagar-se era severamente e mesmo cruelmente punidas: aquela que violasse o seu voto de virgindade era condenada à morte, às vezes enterrada viva.
Em compensação de todos esses rigores, as vestais eram objeto de um respeito universal: como os altos dignitários, eram precedidas por um litor (um dos doze portadores de varas que acompanhavam os cônsules) , e só dependiam do colégio dos pontífices; eram muitas vezes chamadas para apaziguar as dissensões nas famílias: confiavam-se- lhes os segredos dos particulares e algumas vezes os do Estado. Foi entre suas mãos que o Imperador Augusto colocou o seu testamento; depois de sua morte, elas o levaram ao senado romano.

Tinham a cabeça circundada por frisos de lã branca, que lhes caiam graciosamente sobre as espáduas e de cada lado do peito. Suas vestes eram de grande simplicidade, mas não desprovidas de elegância. Por cima de um vestido branco, levavam uma espécie de roquete (sobrepeliz com mangas estreitas, rendas e pregas miúdas, usada pelos eclesiásticos) da mesma cor. O manto, que era de púrpura, escondia-lhes uma espádua e deixava a outra seminua. Os cabelos eram cortados a principio, mas mais tarde usaram toda a cabeleira. Quando o luxo se espalhou em Roma, as vestais eram vistas a passear em suntuosas liteiras , mesmo em carro magnífico, com um numeroso séquito de mulheres e de escravos.

O Fogo







terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Em comum as Candeias ou Candlemas II


Para os Celtas


Também conhecido como Imbolc, Oimelc e Dia da Senhora, Candlemas é o Festival do Fogo que celebra a chegada da Primavera. O aspecto invocado da Deusa nessa comemoração é o de Brígida, a deusa celta do fogo, da sabedoria, da poesia e das fontes sagradas. Ela também é deidade associada à profecia, à divinação e à cura.
Esse comemoração representa também os novos começos e o crescimento individual, sendo o "afastamento do antigo" simbolizado pela varredura do círculo com uma vassoura, tradicionalmente realizado pela Alta Sacerdotiza do Coven, que usa uma brilhante coroa de 13 velas no topo de sua cabeça.
Na Europa, Candlemas era celebrado nos tempos antigos com uma procissão à luz de archotes para purificar e fertilizar os campos antes da estação do plantio das sementes e para glorificar as várias deidades e os espíritos associados a esse aspecto, agradecendo-lhes.A versão cristianizada da procissão de Candlemas honra a Virgem Maria e, no México, ela corresponde ao Ano Novo Asteca

Em comum as Candeias ou Candlemas



Esta tem Candlemas

Os festivais que marcam os equinócios e solstícios referem-se às estações do ano. Entrementes outras comemorações também estão presentes.
Com as primeiras colheitas, o resultado do plantio começa a aparecer no inicio de fevereiro no hemisfério sul. Coincide a comemoração a data de morte da Santa Católica – Santa Brigida, que no hemisfério norte tem uma historia interessante.
Santa Brígida morreu em 1 de fevereiro de 525, dia de celebração da Deusa Brighid (celtas)

Durante a Idade Média o culto a Santa Brigida se estendeu por todas as Ilhas Britânicas e grande parte da Europa. Inclusive na Espanha a veneravam em pequenas capelas em Navarra e em Andalucia.

Os cristãos, afirmam que apesar de muito bela, Brigid permaneceu virgem. Contam que para não casar, ela vazou seu próprio olho, tornando-se desinteressante para seus pretendentes. E, apesar de ter sido criada e instruída por um druida, Brigid escolhe se converter à nova religião. Nessa época era comum a mulher ser ordenada sacerdotisa, e até episcopisa. Esse, portanto, foi o caso de Brigid, que, teria sido ordenada pelo próprio São Patrício, o Padroeiro da Irlanda.

No ano de 490, ela funda um convento na localidade de Kildare (que significa Templo do Carvalho), local de peregrinação dos seguidores da religião celta pré-cristã.

Neste convento havia uma chama sagrada que devia sempre arder. Dezenove freiras guardavam a sua pira sagrada, alimentando o fogo. Conta-se que, no vigésimo dia de cada mês, ela aparecia como a vigiar o fogo pessoalmente. Aos homens não eram permitida a entrada.

Brigid era tão poderosa que São Patrício, arcebispo de toda a Irlanda, concede a Kildare autonomia total. O fogo sagrado de Kildare foi mantido aceso até 1220, quando o arcebispo Henry de Dublin ordena, para desespero da população, que fosse extinto. Posteriormente a chama sagrada volta a arder, até que Henrique VIII e a Reforma Protestante mandaram eliminar o Kildare.
Os irlandeses acreditavam que a Santa Brigida visitava suas casas na noite do dia de sua festa para benzer o gado e seus donos. Como oferenda à santa, os mais devotos deixavam na janela um pedaço de pão, um pouquinho de manteiga ou alguns biscoitos, inclusive alguns deixavam um feixe de trigo para servir de comida à vaca branca que sempre acompanhava à Santa. Outros deixavam uma faixa, um pedaço de tecido ou qualquer outra prenda, para que fosse tocado quando a Santa passasse. Esses objetos eram guardados depois cuidadosamente, pois tinham a virtude de proteger em qualquer situação de perigo à quem os transportasse.

Os pescadores irlandeses também esperavam uma melhoria no tempo quando se aproximava a festa de Santa Brigida. Nesse dia era quando reiniciava a temporada de pesca e os habitantes dos povoados costeiros recolhiam algas para adubar os campos. Em Galway, se acreditava que a pesca seria abundante se fosse colocado um caracol (molusco marinho) nos quatro cantos da casa, nesse dia. Quando se aproximava o dia da Santa Brigida, os camponeses saíam caminhando por suas propriedades e com essa ação consideravam que era favorecida a chegada do bom tempo, que necessitavam para efetuar os trabalhos agrícolas da temporada.

Santa Brigida é descrita como uma santa generosa, sempre disposta a conceder alimentos e hospitalidade aos necessitados. Devido à essas virtudes é a santa mais relacionada com a produção de alimentos e proteção da vivenda campesina.

Em comum as Candeias ou Candlemas I

Esta tem o sobrenome Candeias


Nossa Senhora dos Navegantes é um título dado a Mãe de Jesus, Maria.
A fé e a designação Nossa Senhora dos Navegantes, tem início no século XV, com a navegação dos europeus, especialmente com os portugueses As pessoas que viajavam pelo mar pediam proteção à Nossa Senhora para retornarem aos seus lares. Maria era vista como protetora das tempestades e demais perigos que o mar e os rios ofereciam. A primeira estátua foi trazida de Portugal junto com os navegadores.
Nossa Senhora dos Navegantes é também conhecida pelo nome de Nossa Senhora das Candeias, Nossa Senhora da Boa Viagem e Nossa Senhora da Esperança.
As comemorações dão-se do dia primeiro para dois de fevereiro.
Em Pelotas (cidade do Estado do Rio Grande do Sul), antes do encerramento da festividade católica, acontece um dos momentos mais marcantes da festa de Nossa Senhora dos Navegantes quando a imagem da Santa vai até o porto da cidade, em romaria.
A fé em Nossa Senhora dos Navegantes chegou ao Brasil através dos navegadores portugueses e espanhois. Em Porto Alegre capital do Estado do Rio Grande do Sul), cidade de colonização açoriana, Nossa Senhora dos Navegantes foi declarada padroeira da cidade. Todos os anos é realizada em Porto Alegre uma procissão fluvial no Rio Guaiba.
Na festa de 2008 em Porto Alegre à procissão em homenagem a Nossa Senhora dos Navegantes reuniu mais de 100 mil pessoas

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Virgem



Anterior ao equinócio de outono o período astrológico de 23/08 a 22/09 é destinado ao signo de Virgem. Símbolo da colheita, de trabalho, de destreza manual, de minúcia, também é regido pelo planeta Mercúrio, sendo mais terrestre e prático do que o signo de Gêmeos, o outro signo regido por Mercúrio.

É o segundo signo no elemento terra (primeiro é touro e terceiro é capricórnio). É um período em que a terra esta ressecada pelo sol, de recursos nutritivos esgotados, sobre a qual a espiga ceifada espera que o grão se solte de sua casca.

O ciclo vegetal esta completo, e a representação do signo é uma jovem, virgem alada que segura uma espiga ou, uma porção de trigo. Essa atribuição de Mercúrio reger um signo de terra, traz a reflexão do resultado esperado e suas avaliações, análises, pensamentos, cálculos, definindo que estamos no mundo que se diferencia, particulariza, seleciona, restringe, seduz, despoja e determina para si limites precisos.

Salienta-se uma disposição geral de reter, controlar, dominar, disciplinar, o que traz a idéia de economia, parcimônia, acúmulo, conservação e temporização. Tem caráter sério, consciencioso, escrupuloso, reservado, cético, metódico, ordenado, ligado aos princípios, às regras, às recomendações, de forma sóbria, ciosa, cívica e da respeitabilidade. Trabalhador, voltado para as coisas difíceis, laborariosas, ingratas, penosas, visando, sobretudo a satisfazer um sentimento de segurança.

No Egito, era o signo de Isis. O sexto lugar na ordem zodiacal aproxima-o ao número seis, ao selo de Salomão; tem a ver com o fogo e a água, simultaneamente e simboliza a consciência emergindo da confusão e o nascimento do espírito.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Câncer



O caranguejo esta ligado paradoxalmente aos mitos da seca e da Lua. Na China é associado ao mito de Niu-tch’e, que foi queimado pelo sol. Os caranguejos são o alimento dos espíritos da seca. Seu crescimento liga-se às fases da Lua. No Sião, são associados aos ritos de obtenção da chuva. Assistem ao guardião do Fim das Águas, á entrada da caverna cósmica.

Na Índia, o caranguejo é o signo de Câncer, que corresponde ao solstício do verão (21/06), inicio do movimento descendente do sol. É também chamado em algumas regiões da China, Pao-p’u TSE, o signo da quinta hora do dia: a relação se estabelece, de um lado e de outro, com ciclos solares.
Entre as populações do Kampuchea (Camboja), o Caranguejo é um símbolo benéfico. Obter um caranguejo em sonhos é ver todos os desejos realizados.
Dava-se ao caranguejo na China, segundo um texto do período T’ang, o nome de Koel (´ ladino ´, = esperto), sem dúvida em razão do seu deslocamento lateral, ligado a esse tipo de andar e as pinças ávidas.

Na tradição dos Munda de Bengala, depois da tartaruga, primeiro demiurgo, o caranguejo foi enviado pelo Sol, deus supremo, esposo da Lua, para trazer a terra do fundo do oceano.
Segundo o mito dos Andaman, o primeiro Homem se afoga apanhando caranguejos numa angra. Ele se transforma em animal aquático e faz virar o barco de sua Mulher que fora á sua procura. Ela se afoga também e vai reunir-se a ele, transformada em caranguejo.
O caranguejo é um avatar das forças vitais transcendentes, as mais das vezes de origem ctoniana, mas também uraniana. O caranguejo vermelho da Melanesia, que revelou a magia aos homens, é um exemplo disso, enquanto que o caranguejo mítico do fundo dos oceanos, cujos movimentos desencadeiam as tempestades, é uma figura tipicamente ctoniana, que permite incluir esse animal entre os grandes cosmóforos, tais como a tartaruga, o crocodilo e o elefante.

O caranguejo é um símbolo lunar. Desde a Antiguidade clássica, sua imagem esta associada à lua, tal como a da lagosta, figurando na carta do Tarot, porque esses animais marcham como a lua, para a frente e para trás.
Um caranguejo figura em certas estátuas da arte machica na África, e simboliza o mal, ou o demônio do mal.