domingo, 14 de agosto de 2011

Demeter - O mito de Virgem VI



Traz um vestido amarelo, cor dos trigos maduros. É representada na atitude triunfante da deusa das searas. Está inteiramente vestida, símbolo da Terra que oculta aos olhos a sua força fecunda e não deixa ver senão seus produtos. Com a mão direita prende o véu sobre o ombro esquerdo; com a outra, aperta contra si um ramalhete dos campos; a coroa de espigas esta colocada sobre a cabeleira artisticamente disposta, e levanta ao céu um olhar satisfeito com expressão de reconhecimento para com os outros deuses que a secundaram. Seu carro é atrelado a leões ou serpentes. Nos monumentos é geralmente chamada Magna Mater, Mater Maxima (Grande Mãe, Maior das Mães); é também conhecida por Ceres deserta (Ceres abandonada), ou Tedífera (porta-facho), Tesmoforas ou Legífera (legisladora), porque se atribuía a essa deusa a invenção das leis. Por seus atributos lembra a deusa egípcia Isis.






sábado, 13 de agosto de 2011

Demeter - O mito de Virgem V



Sendo o silêncio religiosamente observado pelos iniciados, fica-se restrito a meras hipóteses, afinal nada deve ser reproduzido fora das torres. Ceres é habitualmente representada sob o aspecto de bela mulher , de talhe majestoso e tez rosada; tem os olhos lânguidos e os cabelos louros, caem desordenadamente sobre os ombros. Usa um diadema além de uma coroa de espigas de trigo. As vezes é coroada por uma grinalda de espigas ou de papoulas, símbolo da fecundidade. Tem o peito forte, os seios opulentos; segura com a mão direita um feixe de espigas, e com a esquerda uma tocha ardente. Seu vestido cai-lhe até os pés e muitas vezes leva um véu atirado para trás. As vezes é representada com um cetro ou uma foice: duas criancinhas junto a seu seio, tendo, cada uma, com uma cornucópia, indicam que ela é nutriz do gênero humano.


sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Demeter - O mito de Virgem IV




Os ministros subalternos eram muito numerosos e distribuídos em várias classes, segundo a importância de suas misteriosas funções. As festas de Elêusis duravam nove dias, cada ano, no mes de setembro. Durante os nove dias, fechavam-se os tribunais. Os atenienses faziam inciar seus filhos nos mistérios de Elêusis desde o berço. Era proibido, mesmo às mulheres, fazer-se conduzir ao templo sobre qualquer veículo. Os iniciados se consideravam como colocados sob a tutela e a proteção de Ceres. Nesses mistérios, as cerimônias eram sem dúvida emblemáticas pois teriam analogia unicamente com as evoluções dos astros, com a sucessão das estações e com a marcha do sol. 



quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Demeter - o mito de Virgem III





Só a papuola lhe era consagrada, não só porque cresce dos trigais, como também porque Júpiter fez com que Ceres comesse para dar-lhe sono e por conseguinte, uma trégua à sua dor. Em Creta, na Sicília, na Lacedemônia e em muitas outras cidades do Peloponeso, celebravam-se periodicamente as Eleusínias, ou os mistérios de Ceres. Inegavelmente são esses os mais notáveis passando à Roma, onde subsistiram até o reinado de Teodósio. Estes mistérios eram divididos em grandes e pequenos. Os pequenos eram uma preparação para os grandes; celebravam-se perto de Atenas, às margens do Ilisso. Eles conferiam uma espécie de noviciado. Depois de certo tempo, mais ou menos longo (?), o noviço era iniciado nos grandes mistérios, no templo de Elêusis, durante a noite. Quatro ministros presidiam as cerimônias da iniciação. O primeiro era o hierofante, ou o que revela as coisas sagradas; o segundo dodonque ou chefe dos lampadóforos; o terceiro ou hierocerice, ou chefe dos arautos sagrados; o quarto, o assitente do altar, cuja vestimenta alegórica representava a lua. O arconte-rei de Atenas era o superintendente das festas de Elêusis. 





quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Deméter - o mito de Virgem II





As mais curiosas eram certamente aquelas em que os adoradores da deusa se fustigavam mutuamente com chicotes feitos de casca de árvores. Atenas tinha duas festas solenes em honra de Ceres, uma chamada Eleusínia, a outra Temosforia. Dizia-se que tinham sido instituídas por Triptólemo. Sacrificavam-lhe porcos, por causa dos estragos que causam aos bens da terra e faziam-lhe libações de vinho doce. Essas festas seriam introduzidas em Roma sendo celebradas pelas damas romanas, vestidas de branco. Mesmo os homens, simples espectadores, vestiam-se de branco. Formou-se a crença que essas festas, para serem agradáveis à deusa, não deviam ser celebradas por gente de luto. Foi por esta razão que foram omitidas no ano da batalha de Canas. Além do porco, da porca ou da ovelha nova, Ceres aceitava também o carneiro como presente. Nas suas solenidades, as grinaldas eram de mirto ou de narciso; mas as flores eram interditas, porque foi colhendo-as que Prosérpina foi raptada por Plutão.





terça-feira, 9 de agosto de 2011

Deméter - o mito de Virgem I





foto Eleusis



...pouco satisfeita com a resposta, põe-se ela mesma à procura de sua filha. Ela teria subido em um carro puxado por dragões alados e que erguia na mão uma tocha iluminada com o fogo do Etna; para outros ela teria ido a pé, de um lado para outro, de país em país. Depois de ter corrido durante  todo o dia, acendia o facho e continuava sua corrida à noite. Parou primeiro em Elêusis. Nos campos vizinhos dessa cidade, via-se uma pedra, sobre a qual a deusa se tinha assentado, acabrunhada de dor, e que se chamava pedra triste. Mostrava-se também um poço, em cuja borda ela repousara. Em Atenas foi acolhida por Céleo, e reconhecida à sua hospitalidade ensinou, a seu filho Triptólemo a arte da agricultura. Além disso, deu-lhe um carro puxado por dois dragões, enviou-o pelo mundo para restabelecer a lavoura, e para isso deu-lhe uma provisão de trigo. Depois foi recebida Hipótoo e sua mulher Meganira, recusou o vinho que eles ofereceram, por não convir à sua tristeza e a seu luto. Passando à Lícia, transformou os camponeses em rãs por terem turvado a água de uma fonte onde ela queria saciar a sede. Fato idêntico é atribuído por certos poetas à deusa Latona. Após percorrer o mundo  sem nada saber a respeito da filha, voltou a Sicília, onde a nínfa Aretusa a informou de que Prosérpina era mulher de Plutão e rainha dos Infernos. Todos os anos na Sícília em comemoração da partida de Ceres para as suas longas viagens, os vizinhos do Étna, corriam durante a noite, com fachos iluminados, soltando grandes gritos. Na Grécia, as Demétrias, Cereais (ou festas de Ceres) eram numerosas.



segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Deméter - o mito de Virgem







Deméter ou Ceres, filha de Saturno e de Ópis, ou Vesta, ou de Cibele, ensinou aos homens a arte de cultivar a terra, de semear, de colher o trigo e com ele fabricar o pão, o que a fez ser vista como a deusa da Agricultura. Júpiter, seu irmão apaixonado por sua beleza, teve com ela Perséfone ou Prosérpina. Foi também amada por Netuno e para escapar à sua perseguição, transformou-se em égua; o deus que percebeu esse ardil metamorfoseou metamorfoseou-se em cavalo; dos amores de Netuno nasceu-lhe o cavalo Árion. Envergonhada com a violência de Netuno, ela pos luto e se escondeu em uma gruta, onde ficou tanto tempo que o mundo estava em perigo de morrer de fome, porque durante a sua ausência, a terra ficara estéril. Enfim Pã, estando caçando na Arcádia, descobriu o seu retiro, informou-o a Júpiter, o qual, por intervenção das parcas, apaziguou-a e devolveu-a ao mundo privado dos seus benefícios. Os figalianos, na Arcádia, ergueram-lhe uma estátua de pau, cuja cabeça era a de uma égua, com a crina da qual saíam dragões. Era chamada a Ceres Negra. Tendo-se queimado incidentalmente essa estátua, os figalianos negligenciaram o culto de Ceres e foram castigados por uma penúria que não cessou até a estatua ser reparada. Tendo Plutão (ou Hades) raptado Prosérpina (ou Perséfone), Ceres (ou Deméter), inconsolável, queixou-se a Júpiter; mas, 




domingo, 7 de agosto de 2011

LEÂO - Parsifal análise



A compreensão de que o leonino busca incessantemente encontrar a verdade, assim como o ariano precisou vencer o pai pelo embate, redundará no encontro com aquele que é a fonte da criatividade. O pai que estava a espera de ser redimido pelo pelo próprio filho, e que por sua vez, poderá fazê-lo apenas ao aprender a se conhecer e a expor as condições mais simplesmente humanas que carrega dentro de si mesmo. E tudo isso para que? Para poder realizar toda a criatividade de que é potencialmente capaz. Seja o Graal ou a causa defendida, a busca de espiritualidade ou algum objetivo pessoal, ele está sempre à frente do impulso leonino de busca, atraindo-o irrestivelmente. 










sábado, 6 de agosto de 2011

LEÂO - Parsifal I





Naquela tarde, como em todas as tardes, quatro escravas (uma com uma espada, outra com um cálice dourado, uma terceira com uma bandeja prateada e a quarta com uma lança, entraram na sala onde o rei estava e enterraram profundamente a lança na ferida do rei, tornando a machucar seu núcleo de poder criativo e impedindo-o de reavivar sua terra. Parsifal observou a estranha cerimônia mas, pouco se importando com o sentido nela implícito ou com a contínua dor do rei, foi dormir. Ao acordar, o castelo estava deserto e Parsifal encontrou apenas uma velha mulher, que lhe disse que se tivesse perguntado "Para que o Graal serve?", condoído da sorte do velho rei, teria imediatamente curado sua ferida e ao mesmo tempo dado vida nova à terra desolada. Mas perdido na própria busca e cheio do orgulho que ela lhe provocava, não o pudera fazer. Parsifal saiu do castelo, este desapareceu e só reapareceria quando ele tivesse a necessária maturidade e compaixão para fazer a pergunta redentora. A história prossegue e, depois de muitas aventuras, durante as quais ele vai desenvolvendo a própria capacidade de compaixão e perdendo sua soberba, por fim o castelo reaparece e a pergunta é feita. Imediatamente o velho rei fica curado, a terra começa a produzir e o rei informa a Parsifal ser seu avô. Com isso o Castelo do Graal é entregue aos cuidados de Parsifal, que reencontra o pai - mas agora um pai mais antigo, gerador do próprio pai de Parsifal, e não apenas o pai carnal de quem se perdera na infância.


sexta-feira, 5 de agosto de 2011

LEÂO - Parsifal






Na idade média, Von Eischenbach escreveu Parsifal, descrevendo a epopéia de um jovem que busca encontrar o cálice no qual José de Arimatéia teria recolhido o sangue de Cristo durante a crucificação. Este cálice seria o  Santo Graal. Parsifal brincava no bosque perto da casa onde vivia com sua mãe, quando se aproximam alguns cavaleiros reais que estavam em busca do Graal. Ele quis juntar-se ao grupo em sua busca e comunicou a mãe, que quis impedi-lo. Mas Parsifal tem a sua vida ligada ao alcance de um ideal e não à mãe, partiu assim mesmo. Ela morrerá de tristeza por isso. Seguindo os cavaleiros, Parsifal defrontou-se (sem nenhuma razão aparente com um Cavaleiro Vermelho, o derrotou e passou a usar a armadura sagrando-se cavaleiro.



 A seguir, ajudou uma jovem a atravessar o rio e dela recebeu como prêmio, um anel, sem dúvida, dada a simbologia da cena, tratava-se da sua iniciação sexual. E um pouco adiante, sem esperar, deparou-se com uma enorme extensão de água, no meio da qual um velho pescava, mas sobre a qual se via nenhuma ponte ou forma de travessia.Parsifal questiona o velho pescador se ali seria o fim de todos os caminhos para o Castelo do Graal, até então algo completamente desconhecido por ele. Para chegar ao castelo, nosso herói, atravessou uma larga faixa de terra que, mesmo fértil, estava completamente devastada e improdutiva. Logo que chegou ao castelo, compreendeu: seu rei, que na verdade era o mesmo pescador que encontrara antes, tinha sido ferido na altura do fígado (simbolicamente associado a Júpiter, ou Zeus, e sua capacidade de mobilizar poder criativo e era perpetuamente mantido assim.



quinta-feira, 4 de agosto de 2011

A redenção que ameaça - Leão




Como outro signo de fogo, Áries, Leão tambem tem a figura paterna como centro. Ambos querem encontrar a própria identidade enfrentando-o, sendo que agora é através da aproximação e o amor e não mais as armas. O enfrentamento não é mais a briga corporal, mas contra os instintos e impulsos. A "fera" portadora dos impulsos emocionais deixará de ser o crustáceo de sangue frio e sem paixões, advindo do inconsciente profundo como o caranguejo. Estamos diante da fera domesticável e vencivel atraves da morte, que corresponde às paixões e podem tanto salvar como matar aqueles a quem tocar. Exposto ao convívio com uma figura paterna fortemente ético e justo, conhecerá a punição às suas fortes reações emocionais e premiadas somente as manifestações de comportamento ético e justo. Para isso substitui a sensação de ser amado pelo que é mas pela busca de ser melhor. Movidos por paixões arrebatadoras e autônomas sempre em busca de uma nova causa. O domínio das próprias paixões.




quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O Domínio das Paixões - LEÃO



O sol que brilha e ilumina é o mesmo que cega e queima. O tema que cerca os signos que pertencem ao elemento fogo concentra-se na figura paterna e consequentemente a busca da própria identidade do herói. Os leoninos precisarão transcender as habilidades naturais para a briga pelas da aproximação e do amor que os levarão a espiritualização, transcendendo a figura paterna. O mito de Hércules e o leão de Neméia representa o conflito humano entre os sentidos do homem selvagem e a santidade. Do inconsciente imprevisível à razão objetiva e ponderada. A conquista da individualidade será manter o lado selvagem e egoísta dominado. A escolha do leão como símbolo deste signo trás a tona que a liderança, o poder, a individualidade, podem ser tanto habilidades que conduzem o indivíduo no processo pessoal de iluminação como denota que a passagem para o lado menos "nobre" da sua natureza revelará aspectos de autoritarismo, extravagância e egoísmo. A exacerbação do lado selvagem o colocará em uma busca frenética por conquistas que atenderão ao apelo menos nobre da sua natureza. Por consequência atrairão para a sua experiência interlocutores que aceitam essa forma de dependência. E por que o leonino assim o faz? Ele aprendeu com o pai ético e justo que a vida é severa. Estimulado por este contexto de perfeição experimentará compreender a vida somente pelos elogios que pode produzir e não por quem é. Dessa forma precisará reprimir as emoções até que elas se tornem incontroláveis, dominando e o motivando a uma nova causa. Compreende-se que os aspectos juvenis e passionais deverão ser controlados para o alcance do ideal. Tanto o alto idealismo, que se manifesta pela compulsão perfeccionista, a sensibilidade ética à justiça, que se desvia e transforma em rigidez dos padrões, produzirem o idealismo exacerbado, o perfeccionismo implacável já mencionado e a preocupação ética em demasia. Se compreendermos que leão é parte do aprendizado que transforma o ser humano bruto em evoluído, pois enfrenta suas paixões no fundo da própria caverna, somente com os recursos de que dispõem, e que as coloque a seu serviço de maneira humanizada, em acordo com o Ego, razão pela qual muitos Reis portavam uma coroa em forma de leão, ou adornavam seu trono e estandarte com o animal, pois somente quem domina as próprias paixões pode governar ao oferecer o exemplo. Se compreendermos que o leonino desenvolverá a soberba e o orgulho como compensação à rejeição paterna na infância, essa transformação só poderá se dar através do amor e da compaixão.