segunda-feira, 30 de maio de 2011

A constãncia da instabilidade geminiana




A luta entre o bem e o mal interna ou externamente, às projeções da própria sombra, compostos pelas negações do próprio indivíduo. Normalmente a figura que ira servir de tela será o sócio, amigo ou irmão. Um sendo tratado como o privilegiado e o outro renegado personificando o rebelde. Os aspectos negados pela família recairão sobre ele, o que fará com que a leitura não seja mais fácil de identificar quem ou o que é o inimigo, mas isso precisará ser feito. A vivência compulsiva geminiana da duplicidade está retratada na questão mortal e imortal dos gêmeos Castor e Pólux. A questão bem e mal se expressa através da alternância entre estar um no reino de Hades e o outro no Olimpo. Com estas características se tem a oscilação de humor de modo cíclico, ora se comportando polidamente ora tornando-se insociável. Essa característica revela a tentativa do indivíduo em harmonizar-se a partir do auto-conhecimento, mas até que isso aconteça ele tenderá a experimentar disputas entre o seu lado masculino e feminino, lado emocional e intelectual, ou material e espiritual. Normalmente o geminiano utilizará o expediente da projeção para lidar com a Sombra, tornando o sócio, amigo, irmão ou filho do mesmo sexo o seu oponente. Neste ponto é que o mito de Hermes se apresenta para instrumentalizar o geminiano. A inteligência, a habilidade de negociar, a inventividade, o gosto pelas ciências ocultas, permitirão ao geminiano reinventar o seu mundo. Há uma análise para ser feita, que é o fato da habilidade extrema de levar para a fantasia e a partir dai tentar reinventar algo não real. Mesmo que a realidade seja a expressão de quem a observa, ainda assim considerando esse fato, a reinvenção não deve ser sobre algo que não existe e sim sobre o que é fato.

domingo, 29 de maio de 2011

GÊMEOS continuação

Ruínas do Templo


Os Dióscuros eram diferentes, como seria natural em função de sua origem humana ou imortal. Castor era guerreiro, forte e impositivo, Pólux era músico, delicado e sensível. Pólux levava vantagem ao seu irmão no pugilato; Castor sobressaía-se na arte de domar os cavalos. Pólux venceu Âmico no combate de manoplas, rei de Bebrícia e filho de Netuno, o mais temível atleta do tempo dos argonautas. Castor e Pólux disputavam muito, em função da diferença natural entre eles.

Eles foram contados no número dos grandes deuses da Grécia. Elevaram-lhes um templo em Esparta, lugar do seu nascimento e morte, e em Atenas que tinham salvo de pilhagem.

Os romanos tinham essas duas divindades em grande veneração e juravam, os homens pelo nome de Pólux (edpol), e as mulheres pelo de Castor (Edcastor). As histórias gregas e romanas estão cheias de aparições milagrosas desses dois irmãos. Os atenienses julgaram vê-los combater a seu lado contra os persas, em Maraton; os romanos acreditaram que eles os tivessem auxiliado contra os latinos no Lago Regilo. Em Roma elevou-se mesmo um templo como reconhecimento dessa feliz intervenção. Os sacrifícios para eles eram com os cordeiros brancos.

Nos monumentos e nas medalhas, os Dióscuros estão ordinariamente juntos, sob a figura de robustos adolescentes de uma impecável beleza. Muitas vezes tem na cabeça um gorro ou um capacete em forma de metade de uma casca de ovo, para lembrar sua origem. Representam-nos ora em pé, com uma lança na mão e um cavalo pela brida, ora montados sobre cavalos brancos.

Hermes (ou Mercúrio) será citado dentro deste mito para que a compreensão se faça naturalmente, pois mercúrio rege o signo de gêmeos. Deve-se atentar para a sua riqueza de características.

Mercúrio - a historia - clic aqui

sábado, 28 de maio de 2011

GÊMEOS



Castor e Pólux




Tudo começa com Zeus apaixonado por Leda. Leda estava grávida de Tíndaro e havia se transformado em gansa para escapar do assédio do deus do Olimpo. Zeus se transforma em cisne e seduz Leda na forma de gansa. Leda (ou a gansa) põe 2 ovos. Nasce Castor e Clitemnestra, crianças mortais de um ovo e do outro nasce Pólux e Helena, ambos imortais. Esta Helena será o motivo da guerra de Tróia. Denominados comumente de Dióscuros, isto é, Filhos de Júpiter (kouroi, homens jovens, dios, de Zeus), foram transportados por Mercúrio a Paleno onde foram alimentados, educados e tornaram-se unidos. Dedicaram-se primeiramente a livrar o Arquipélago dos piratas, aproximando-os da identificação com deuses marinhos e invocados nas tempestades. Com Jasão, foram à Cólquida conquistar o tosão de ouro. Recuperaram sua irmã Helena raptada por Teseu. Entretanto o amor os fez cair no mesmo erro que eles tinham querido castigar na pessoa de Teseu. Eles se apaixonam por Febe e Ilaíra,mulheres belíssimas, noivas de Linceu e Idas. Os dois irmãos se reuniram para raptá-las. Os pretendentes os perseguiram e atingiram os raptores perto do Monte Taigeta. Castor foi morto por Linceu, o qual a seu turno caiu sob os golpes de Pólux, ferido por Idas. Pólux, aflito com a morte do seu irmão, pediu a Júpiter que o tornasse imortal. Pólux sensibilizado pela perda propõe a troca da própria vida em favor do irmão. Mas como aquele havia morrido já pertencia ao reino de Hades, do qual a sentença era irrecorrível e ele por ser imortal não poderia morrer. Mas um arranjo foi feito permitindo que cada um passasse 1 dia no reino de Hades alternativamente. Esta ficção é fundada no fato de terem os dois príncipes, depois da morte, formado no céu o signo de Gêmeos; uma das duas principais estrelas que o compõem oculta-se no horizonte quando a outra aparece.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

A Teimosia como Princípio de Vida - Touro I

O taurino terá a figura paterna ausente ou passiva, a mãe poderosa e ambiciosa produzindo nele a impossibilidade de enfrentar e superá-la. Isso produzirá a impossibilidade dele crescer e manter-se passivo frente a mulher. A influencia da sedução (mãe manipuladora), da ganância (pai ausente que o priva de sentimento) e o despotismo ( abandono da sabedoria) servirão de molde para essa personalidade. Como se dará a libertação dessa armadilha? 

Usar a paixão para destruir o monstro e se libertar do labirinto. Não ceder a tendência a ganância. Manter o raciocínio da melhor estratégia, (como a libertação da cidade de Atenas), e a causa coletiva, os outros, pelo altruísmo.  
Cria-se um conflito, pois precisará da paixão, mas não poderá ceder a sua totalidade, em detrimento da racionalidade, logo, o conhecimento amplo e profundo da sua natureza fará com possa usar somente o necessário. 

Portanto ele será rejeitado pela família até compreender que apesar de não ser tão brilhante quanto a família, ou como a mãe espera, mostrar a sua força e persistência. Tentará se unir a alguém sem dotes físicos de beleza ou portador de rara capacidade sedutora, idealista ou voltado para os dotes materiais, utilizando para isso toda a sorte de artimanhas sedutoras. Novamente o conhecimento próprio fará com que saiba evitar de cair no erro comum

quinta-feira, 5 de maio de 2011

A Teimosia como Princípio de Vida - Touro

A alma taurina tem algumas singularidades. Assim como no mito em que Minos(rei) une o interesse pessoal com uma situação política negando-se a sacrificar o touro mais bonito ao seu deus e substituindo-o por outro de menor valor, revela o apego material que os taurinos estão pré dispostos a ter e a sua passionalidade irrestrita, quando apesar da sabedoria de um rei e o apelo de justiça, permite à mulher dissuadiadi-lo de oferecer o animal menos valioso. Começa a ficar claro, que ja existe um déspota em Creta, mas será na figura do filho monstro que isso ficará evidente. Com o aparecimento de outro filho do mesmo deus Netuno, ou pela justiça dos deuses, aparecerá Teseu que destruirá o filho/besta Minos (representante da ganância) e a causadora do pecado, Pasifae (aquela que tem o apelo físico acima dos morais). O rei Minos e Teseu tem o mesmo deus como pai, Netuno. No primeiro há o interesse próprio em primeiro lugar, e no segundo as suas ações serão motivadas pelos outros (libertar Atenas do tributo humano devido a Minos).
Ao enfentar o Minotauro e o labirinto, Teseu esta enfrentando a força do desejo ganancioso bem como as armadilhas do mesmo. No enfrentamento com o Minotauro e ficar preso no labirinto, ele precisará de armas que não sejam sucetiveis a esses pecados, ou seja, a verdade e a pureza.
Portanto há a necessidade da entrada em cena de outro deus que traga essas caracteristicas, no caso Afrodite. Esta faz com que a filha de Minos, Ariadne, se apaixone por Teseu que promete casar-se com ela. Esta lhe oferece um novelo de lã que serve para marcar o caminho que ele fará dentro do labirinto e assim poder encontrar a saida. 
(continua)